O agricultor Ederaldo Brucelli está contando os dias para jogar as sementes no solo. O preparo da terra começou há três semanas. Ao todo serão plantados 3,8 mil hectares, divididos em soja e milho. Em busca de melhores resultados, o produtor investiu na agricultura de precisão.
? A vantagem é o rendimento. O plantio rende mais, dá pra fazer safrinha, mais produtividade, economiza mais tempo. Uma máquina hoje ela faz 400 hectares por dia, antes era de 100 a 150 com adubação ? relata o produtor.
O agricultor explica que antes de adquirir os máquinas fez a análise do solo, com empresas de consultoria. O mapa revelou onde a terra deve receber mais adubo. É ai que entram os equipamentos de precisão. A máquina guiada por GPS, joga a quantidade ideal para cada pedaço.
Na propriedade de Ederaldo existem alguns lugares onde eles colhem 58 sacas de soja por hectare, em outros a média é de 40. Mas segundo o agricultor, utilizando este sistema de precisão, em duas safras as áreas vão produzir de maneira igual.
? Há dois anos eu arrendei uma área que era tipo vaca pintada, como a turma fala. Ontem recebi um email, fiquei bobo de ver como igualou ? conta.
Com equipamentos de alta tecnologia o trabalho do operador também ficou mais fácil.
? É muito bom, melhora muito o serviço, você vê a diferença na lavoura ? relata o operador de máquina Mateus Souza.
Os equipamentos de precisão são empregados do plantio a colheita. Um monitor revela onde a produtividade da lavoura foi mais baixa, marca o local e permite que o agricultor volte a área e investigue as causas, como falta de chuva e incidência de pragas.
? O objetivo principal é fazer as aplicações adequadas no local certo, no momento certo, para que isso evite desperdício de adubo e permita produzir melhor ? afirma o empresário Denis Antunes.
O diretor da empresa que fornece os equipamentos explica que procura pela agricultura de precisão aumentou após a crise em 2005. Este ano as vendas estão 30% maior com relação ao mesmo período do ano passado. Com a proximidade do plantio, os seis técnicos da empresa estão todos no campo.
? Eles estão fazendo manutenção. Em função de o mercado estar aquecido, por causa das commodities, permite que os agricultores invistam na agricultura de precisão ? explica Antunes.