Produtores de Goiás participam de ato em Brasília

Manifestação reuniu 50 mil pessoas na Esplanada do MinistériosEm Brasília (DF) a manifestação tomou conta da Esplanada dos Ministérios e chegou ao Congresso Nacional. Segundo a organização do movimento, que articulou o protesto na capital federal, o ato reuniu cerca de 100 mil pessoas. O dado oficial, divulgado pela Polícia Militar, registrou 50 mil manifestantes.

Fonte: Marcelo Lara | Brasília (DF) / Canal Rural

O ponto de encontro em Brasília foi o Museu da República, no início da Esplanada dos Ministérios. Os policias militares fizeram um cordão para vistoriar quem chegava à manifestação e o pedido geral foi pelo fim da corrupção.

Produtores rurais dos Estados de Goiás, Minas Gerais e do Distrito Federal, também participaram dos protestos. A mobilização que foi veio do campo foi organizada por 14 entidades ligadas ao setor. Os produtores criaram um slogan e usaram camisetas amarelas.

– Vamos amarelar o Brasil, vamos amarelar a corrupção, vamos colocar medo na corrupção. A gente veio de forma unida, os produtores, os agricultores, o pessoal de Formosa e região veio de forma unida, lutar contra a corrupção, contra a vergonha que está este país – contou Eduardo Baron, da Associação Brasileira dos Produtores de Grãos de Formosa (GO).

O presidente do Sindicato Rural do DF quer o impeachment da presidente Dilma.

– A agricultura está sufocada, não aguentamos mais altas taxas de impostos, fertilizantes, defensivos, o preço absurdo, o descontrole total da economia. Não temos garantia de nada, não temos recursos dos bancos. A maioria do pessoal quer que o governo saia – declarou Luiz Ângelo Cappellesso.

O produtor de soja e milho de Goiás Gustavo Rubin, afirma que a situação chegou ao limite.

– Nós estamos aqui, hoje, para protestar, porque não somos a elite do país, nós somos os trabalhadores deste país, e todo mundo cansado! Ninguém aguenta mais essa roubalheira, essa corrupção – diz Rubin.

O produtor Geraldo Corrent, do interior de Goiás, fala em insegurança no campo e na economia.

– Medo de as propriedades serem invadidas, serem depredadas e nada acontecer. Aumento dos custos de produção, a insegurança que a gente vive no país é muito grande, a falta de credibilidade é total. Dólar disparando aumenta os custos não só dos produtores, mas de toda a população, que consome esses produtos que nós produzimos – declara Corrent.

A manifestação durou quatro horas e não registrou tumulto.