– A colheita de milho está trazendo prejuízo, os preços cederam drasticamente – relata o presidente da Cooperativa Comigo, Antônio Chavaglia.
A faixa de preço está em torno de R$ 15 na região, abaixo do preço mínimo de R$ 17,50. Segundo Chavaglia o governo não fez nenhuma intervenção ainda, nem sinalizou que vai fazer.
– Fala-se que tem caixa, mas o produtor tem compromissos a ser cumpridos e achou que pelo menos o preço mínimo seria garantido – diz.
Segundo ele, a Federação de Agricultura de Goiás já pediu ajuda ao Ministério da Agricultura, para subsídio da produção. A falta de espaço para estocagem intensifica o problema, ao mesmo tempo e que o produtor precisa fazer suas trocas agora, para começar o planejamento para a safra de verão.
Chavaglia afiram que 75% dos produtores já adquiriram seus insumos, mas que os pagamentos podem ser atrasados, pelo dificuldade de achar comprador para o milho.
– Você não acha comprador de volume, os produtores estão colocando o milho em silo bolsa na fazenda e não sabem quando vão comercializar.
A situação está retardando a aquisição de produtos pelos demais produtores, que devem enfrentar um custo muito mais alto do que se previa.
– E a tendência é de preços muito mais baixos para soja, com margem negativa – alerta.
Soja
Chavaglia aposta na liquidação dos 15% a 20% que restam até o final do ano.
– Alguns acham que vai sustentar esse preço, melhorar no fim do ano; outros não. Mas o restante não é muito significativo.
Assista a entrevista no Mercado & Cia: