A associação se baseou em dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). Segundo ela, o percentual de colheita aumentou em quase todas as regiões do estado em relação à temporada passada, exceto no Oeste.
– O clima está ajudando muito a colheita, estamos tendo bastante sol e isso influencia. Mas o ritmo está normal e vai se intensificar a partir das próximas semanas. O forte mesmo será a partir da segunda semana de fevereiro, em virtude do atraso do plantio no ano passado, com a estiagem – afirmou o vice-presidente da região Norte da Aprosoja, Silvésio de Oliveira.
De acordo com a Somar Meteorologia, o começo do ano será marcado por dias ensolarados e chuvas apenas entre o fim da tarde e a noite. Até o dia 21 de janeiro, deve chover cerca de 40 milímetros na região do município de Sorriso, maior produtora de soja do mundo, o que corresponde a 10% da média para o mês.
Apesar da queda em relação à safra anterior, estimada em quase 50% (de 8,4% para 4,9%), a região Oeste foi a que mais colheu até o momento, com 1,089 mil hectares. No Leste, a colheita ainda não começou, mas a Aprosoja afirma que se trata de uma questão histórica, pois os produtores locais normalmente plantam e colhem mais tarde.
O clima favorável, porém, não deve beneficiar boa parte dos produtores mato-grossenses, pois menos de 6% das lavouras serão colhidas até o final de janeiro, afirma a Somar. A maior parte, cerca de 66%, deve ser colhida entre a segunda quinzena de fevereiro e a primeira quinzena de março.
– Os produtores que apostaram nas variedades precoces avançam com as colhedeiras sem maiores problemas – afirma.
Estimativa
Para a temporada 2014/2015, a expectativa é de produção recorde de soja no Brasil, segundo estudo divulgado na segunda, dia 5, pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
No atual ano-safra, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a soja ocupa 31,7 milhões de hectares, um aumento de 4,9% em relação à temporada anterior, sendo essa a maior área já registrada. A colheita deve ter produtividade média de 50,4 sacas de 60 quilos por hectare, volume menor apenas ao registrado na safra de 2010/2011, quando bateu recorde histórico.
Somando a produção, o estoque inicial e as importações, o Brasil terá um total de 98,2 milhões de toneladas de soja disponível, sendo que 44,2 milhões de toneladas devem ser processadas internamente e 49,6 milhões de toneladas serão exportadas, dois recordes históricos.