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Produtores de laranja em Alagoas trabalham para superar os estragos das enchentes

Para recuperar o que perdeu, grupo passou a investir em tecnologia, novas alternativas de comercialização e na produção integradaUm grupo de produtores de laranja lima do interior de Alagoas está dando a volta por cima para superar os prejuízos provocados pelas enchentes ocorridas em junho na região. Eles integram o Arranjo Produtivo Local (APL) Laranja Vale do Mundaú, que concentra produtores de cinco municípios. Dois deles, onde está concentrada 90% da produção, foram totalmente devastados. Para recuperar o que perdeu, o grupo mudou conceitos e passou a investir em tecnologia, novas alternativas de comercialização e na

O APL da Laranja no Vale do Mundaú abrange cinco municípios localizados na Mesorregião do Leste Alagoano, possui cerca de 4,1 mil hectares e conta com 2,5 mil produtores familiares, organizados em associações e pela Cooperativa dos Produtores de Laranja Lima (Cooplal). O plantio da laranja lima é feito nos municípios de Ibateguara, Branquinha, São José da Lage, Santana do Mundaú e União dos Palmares. Estes três últimos foram os mais devastados pelas enchentes. Santana do Mundaú detém 90% da produção da laranja lima. A sede da Cooplal, por exemplo, foi completamente destruída.

O principal produto comercializado é a laranja in natura, realidade que começa a mudar. Na tentativa de driblar as atuais dificuldades, os produtores têm trabalhado com apoio do Sebrae, via o APL, para criar um mix de produtos e ampliar o canal de comercialização.

? O suco puro da laranja lima não serve para a indústria, por isso, estamos estudando a possibilidade de comercializar a polpa congelada do suco da laranja misturada com o suco de limão. A mistura possibilita a produção de um suco integral e natural. Também estão sendo feitos estudos para viabilizar a produção de geléia, bolo e fruta cristalizada ? explica Leila Flávia do Nascimento, gestora do APL na Secretaria de Agricultura de Alagoas.

Além de bloquear o escoamento da produção, com a derrubada de pontes e pistas, as enchentes também fizeram o preço despencar, segundo conta o presidente da Cooplal, Antônio Carlos.

? Para nós, a comercialização está sendo o grande gargalo. O preço da fruta caiu até 65%. Antes, o milheiro da laranja saía a R$ 50, hoje este preço caiu para aproximadamente R$ 35 ? disse.

A produção da cooperativa é de 30 mil toneladas por ano.

Comercialização
Os produtores estão se preparando para fornecer laranja lima para a merenda escolar. Para viabilizar isso, o Sebrae local, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e a Secretaria de Agricultura, vai promover, no dia 13 de setembro, uma rodada de negócios buscando aproximar os produtores das diretorias escolares. Na região existem cerca de 196 escolas.

Também para dar maior dinamismo ao trabalho, os produtores da Cooplal adquiriram, por meio da Agência de Fomento de Alagoas (AFAL), uma packing house, máquina beneficiadora de laranja. Devido à perda da sede, o equipamento foi instalado na Central de Abastecimento de Alagoas (Ceasa). Sua função é lavar, secar, encerar e classificar a laranja por tamanho.

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