No mês de abril, terminou a vigência de um acordo voluntário entre o setor privado dos dois países que restringia a importação de lácteos argentinos a uma cota de três mil toneladas por mês.
Com o fim do acordo, os brasileiros temem uma elevação excessiva da entrada de produtos argentinos, o que prejudicaria a produção brasileira, majoritariamente de origem familiar. No Brasil, mais de 80% dos produtores de leite são agricultores familiares.
? O leite é um importante produto na geração de renda da agricultura familiar. É preciso continuar ampliando a produção com qualidade para atender o consumo das famílias brasileiras que vem crescendo porque a renda familiar também aumentou ? disse o ministro.
O MDA e os ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior estão trabalhando para manter a estabilidade de crescimento da produção leiteira. Há dez anos, o consumo de produtos lácteos no país era de 20 bilhões de litros por ano, enquanto a produção era de 16 bilhões de litros. Em 2010, tanto o consumo quanto a produção cresceram para 30 bilhões de litros.
O MDA oferece incentivos específicos à produção nacional. A Política Setorial do Leite (PSL) garante aos produtores acesso a crédito, garantia de preço, assistência técnica, capacitação e ações no mercado internacional, como aplicação de medidas antidumping contra a União Européia (UE) e Nova Zelândia e compromissos de preço firmados com a Argentina.
Estavam presentes na reunião, o Secretário de Agricultura Familiar do MDA, Laudemir Muller, e representantes da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), da Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios (CBCL) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).