O ministro propôs que o projeto londrinense funcione como piloto para o país, e declarou que um projeto concreto já é meio caminho andado para a liberação de recursos.
? Nós temos o Pronasci, o Programa Nacional de Segurança Cidadã, que tem recursos. É evidente que o município tem que fazer um projeto, põe isso no PPA, e eu acho que nós temos toda a condição de contribuir, e talvez até fazer um bom piloto porque a verdade é que a maioria dos municípios não dispõe de um sistema como esse ? defendeu Bernardo.
O comerciante e produtor rural Nilton Rodrigues é vítima da insegurança no campo. Ele teve a fazenda assaltada duas vezes apenas este ano.
? No primeiro assalto eles chegaram de caminhão, um grupo de mais ou menos trinta, quarenta pessoas, em nome do MST, invadiram a propriedade, dominaram e agrediram os empregados. Isto em torno de meia-noite, 1h da manhã. Às 8h, o líder dos assaltantes me ligou propondo negociação de extorsão. Os funcionários, após essas agressões, imediatamente pediram demissão e se mudaram da cidade ? conta Rodrigues.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Paraná, em 2008 foram registrados 9,241 mil crimes contra o patrimônio em Londrina. Este total não separa ocorrências na área urbana e rural.
Entretanto, para o Sindicato Rural da cidade, o número pode ser bem maior, porque as vítimas têm medo de registrar o boletim de ocorrência e sofrer represálias. Desde o ano passado, os produtores estão se organizando na tentativa de implantar uma companhia da polícia militar nos distritos rurais.
? Nós vamos ter agora duas viaturas, caracterizadas para a zona rural, e algumas motos. Vamos organizar também a comunicação. Talvez hoje o processo seria através de celular. Nós procuramos parceiros, que são necessários para que essas ações sejam concretizadas ? concluiu o presidente do sindicato, Narciso Pissinatti.