– Mato Grosso foi contemplado com um clima favorável, que levou a uma produção surpreendente, mas agora os produtores precisam desse auxílio para não ter prejuízos. Acreditamos que essa é uma oportunidade de o governo recompor os estoques de milho e ainda contribuir com os produtores do Estado – afirma.
As opções são contratos derivativos que permitem a transferência do risco de oscilação de preços do produtor ou comprador de uma commodity para outro agente do mercado, mediante o pagamento de um prêmio. O diretor da Aprosoja MT e produtor rural, Antonio Galvan, aponta que o valor ideal para sustentar os preços seria de R$ 15,00 a saca, que contribuiria para assegurar o custeio da próxima safra. Na opinião de Galvan, dificilmente Mato Grosso repetirá a supersafra de milho deste ano, por causa da alta dos preços insumos.
– Os gastos com sementes foram de R$ 300,00 por hectare nesta safra e já estão em R$ 500,00 para a próxima. O preço do adubo também subiu 30% – diz.
Na audiência, segundo os representantes das entidades, também ficou acertada subvenção do governo para leilões de escoamento do milho de Mato Grosso para outras regiões do país, com a finalidade de abastecer o mercado interno. Também devem ser publicadas pelo ministério as regras para o prêmio. Outra reivindicação dos dirigentes durante a reunião diz respeito à liberação, ainda este ano, de licença para utilização de novas moléculas para fungicidas.
De acordo com Silveira, na safra 2011/2012 de soja os produtores mato-grossenses tiveram uma perda de mais de um milhão de toneladas em função da incidência da Ferrugem Asiática. Para Fávaro, trata-de de uma garantia de produtividade aos produtores rurais, uma vez que o fungo causador da doença pode ter criado resistência aos produtos existentes no mercado. Mendes Ribeiro Filho teria se comprometido a avaliar a situação.