As espigas queimadas pelo sol estão condenadas e não chegam a reagir à chuva. A estiagem no Estado passou de 40 dias, o suficiente para reduzir a produtividade especialmente das lavouras semeadas por último. Em junho, de acordo com a Somar Meteorologia, ainda não havia chovido na região de Londrina e em maio foram apenas sete milímetros.
A previsão de chuva generalizada, mas de volumes mais baixos, não é uma boa notícia para muitos. Essa chuva ainda não é a ideal para a agricultura. É preciso uma precipitação mais intensa, entre 30 e 50 milímetros, conforme o solo, e de forma contínua, para que a umidade que penetra na lavoura não evapore tão rápido.
O agricultor Osmar Ishikawa calcula que perdeu 30% dos 700 hectares que plantou. Experiente, agora ele tem medo de que as chuvas de fraca intensidade sejam seguidas pela geada.
? No norte do Paraná, as chuvas vem das frentes frias. Essa frente fria com pouca chuva geralmente trazem geadas rigorosas após a chuva, nossa preocupação é essa.
O Paraná plantou 1,7 milhão de hectares com milho neste inverno, 25% mais do que no ano passado. A primeira estimativa de safra era de 7,5 milhões de toneladas. A Secretaria de Agricultura do Estado deve informar, no final do mês, o índice oficial de perdas no milho com a estiagem. Um relatório antecipado pode ser emitido caso haja grande prejuízo com geadas severas.