Produtores de milho do Paraná calculam perdas com a seca

Chuva que atingiu o Estado nessa terça não foi suficiente para recuperar o prejuízoAs perdas do milho com a seca podem chegar a 50% em algumas regiões. A chuva que caiu nessa terça, dia 7, no Sul do país chegou tarde para grande parte dos produtores e em lavouras do Paraná ela causou ainda mais preocupações.

As espigas queimadas pelo sol estão condenadas e não chegam a reagir à chuva. A estiagem no Estado passou de 40 dias, o suficiente para reduzir a produtividade especialmente das lavouras semeadas por último. Em junho, de acordo com a Somar Meteorologia, ainda não havia chovido na região de Londrina e em maio foram apenas sete milímetros.

A previsão de chuva generalizada, mas de volumes mais baixos, não é uma boa notícia para muitos. Essa chuva ainda não é a ideal para a agricultura. É preciso uma precipitação mais intensa, entre 30 e 50 milímetros, conforme o solo, e de forma contínua, para que a umidade que penetra na lavoura não evapore tão rápido.

O agricultor Osmar Ishikawa calcula que perdeu 30% dos 700 hectares que plantou. Experiente, agora ele tem medo de que as chuvas de fraca intensidade sejam seguidas pela geada.

? No norte do Paraná, as chuvas vem das frentes frias. Essa frente fria com pouca chuva geralmente trazem geadas rigorosas após a chuva, nossa preocupação é essa.

O Paraná plantou 1,7 milhão de hectares com milho neste inverno, 25% mais do que no ano passado. A primeira estimativa de safra era de 7,5 milhões de toneladas. A Secretaria de Agricultura do Estado deve informar, no final do mês, o índice oficial de perdas no milho com a estiagem. Um relatório antecipado pode ser emitido caso haja grande prejuízo com geadas severas.