O leilão vai ser para o milho dos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e Paraná. A maior parte, 600 mil toneladas, é para grão produzido em Mato Grosso. O prêmio é pago para os compradores como avicultores, suinocultores, indústria de alimentos e fabricantes de ração. Esse valor varia de Estado para Estado, de R$ 2,52 a R$ 6,84. O menor prêmio é do Paraná, o que preocupa o presidente da Cooperativa Agroindustrial (Corol) do Estado, Eliseu de Paula. De acordo com ele, a região deve ser pouco contemplada com o leilão.
? O milho já está no pior preço de mercado hoje. Abaixo do mínimo, quer dizer ele precisa pelo menos ter a garantia desses R$ 17e pouco, que é o preço mínimo. Com esse prêmio de escoamento baixo, não vai fluir. Dificilmente, a nossa região vai ser contemplada com esses leilões.
Mas o analista de mercado Anderson Galvão afirma que o Centro-Oeste é a região que mais precisa de apoio na comercialização. Como está longe do porto, o frete é mais caro e, portanto, são Estados que acabam pagando mais para escoar o produto. Mesmo assim, ele diz que o prêmio de R$ 6,84 para o estado de Mato Grosso, por exemplo, ainda é baixo.
De acordo com o integrante da Câmara Setorial de Milho do Estado de São Paulo, Sebastião Gulla, o mercado ficou estagnado com a notícia do leilão. Os negócios ficaram parados porque produtores e compradores aguardam até quinta-feira para ter uma referencia de preço. Gulla acredita que os Estados do norte e nordeste não devem comprar toda a quantidade ofertada, o que mais tarde deve viabilizar a exportação deste milho.
O analista afirma ainda que o incentivo do governo ajuda a equilibrar o preço, mas é uma medida pontual e paliativa.