Segundo a Federação de Agricultura do Estado do Paraná (Faep), alguns agentes financeiros disseram que vão debitar a taxa prêmio que se esperava que fosse coberta pelo governo federal caso da conta corrente dos produtores que fizeram o financiamento de custeio.
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Ela afirma que a maioria dos produtores que contrataram o seguro rural para o milho são aqueles que justamente não podem ficar sem os recursos do governo, pois a taxa média do prêmio para essa cultura de alto risco é de 16,2%, incompatível com os custos de produção.
– O aporte de recursos do governo federal no programa para pagar 60% do prêmio bruto fomenta a massificação do seguro rural no país, cabendo ao produtor arcar com os 40% restantes, regra prevista desde o começo do programa – diz, em nota, o presidente da Faep, Ágide Meneguette.
A maior parte das apólices (70%) são de produtores paranaenses, seguidos por São Paulo e Mato Grosso do Sul (30%).
Meneguette cobrou uma política de longo prazo do governo federal, com um cronograma de liberação de recursos e, principalmente, “respeitar os produtores que acreditaram no programa de seguro rural do governo federal”.