Produtores de Minas Gerais aderem cada vez mais ao vazio sanitário da soja

Medida foi adotada para controlar o fungo da ferrugem asiática, doença que ataca as lavouras da oleaginosaO Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) constatou a redução da área com plantas remanescentes de soja, no período do vazio sanitário, que vigorou entre 1º de julho a 30 de setembro. Isso significa que o produtor de MInas Gerais está mais consciente sobre a importância de cumprir a medida, adotada para controlar o fungo da ferrugem asiática, doença que ataca as lavouras da oleaginosa.

Os 90 dias em que o cultivo da soja esteve proibido foram de intensa fiscalização. A meta era vistoriar 490 propriedades. No entanto, o IMA superou este número em 10,8%, alcançando 543 propriedades. Este ano, 103 produtores foram notificados e houve apenas cinco infrações. Em 2010, foram fiscalizadas 529 propriedades (o que corresponde a 199.975 hectares), 131 produtores foram notificados e 12 autuados, ou seja, em 2011, as notificações caíram em 19% e as infrações em 5%.

Durante o vazio sanitário da soja, a legislação proíbe a existência de plantas vivas, a não ser nas áreas de pesquisa científica e de produção de sementes genéticas devidamente autorizadas pelo IMA. O diretor-geral do Instituto, Altino Rodrigues Neto, explica que os fiscais percorrem as propriedades para evitar que plantas remanescentes sejam hospedeiras do fungo. A medida foi implantada em 2007 para reduzir o impacto negativo causado pela ferrugem asiática, diminuindo o prejuízo dos agricultores.

O gerente de Defesa Sanitária Vegetal do IMA, Nataniel Nogueira, afirma que  os produtores estão contribuindo cada vez mais para o sucesso do vazio, o que resulta na redução da aplicação de agrotóxicos e, consequentemente, na redução do custo de produção.

Como nos anos anteriores, foram vistoriadas propriedades nas principais regiões produtoras de soja do Estado: Alto Paranaíba, Noroeste, Norte e Triângulo Mineiro.