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Em uma propriedade no Triangulo Mineiro, o pulverizador tem trabalho dobrado. Na lavoura de feijão, o combate à lagarta helicoverpa é intenso, só assim é possível manter a praga sob controle.
O município de Iraí de Minas (MG) é conhecido como o celeiro de produção e ao mesmo tempo tem a fama de ser o primeiro lugar de ataque de novas pragas e doenças.
– É também considerado o berço das pragas e doenças. Por ter várias culturas, cultivadas o ano inteiro, devido aos pivôs centrais, as doenças aqui chegam primeiro. Falam que em outros lugares acharam helicoverpa, aqui nós já temos problema com ela desde 2011 – afirma o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Iraí de Minas, Marques Jose Naves.
Quando os produtores da região descobriram os primeiros ataques, em 2011, acreditavam ser uma lagarta desconhecida.
– Nós nem sabíamos o que era helicoverpa. Helicoverpa mesmo nós aprendemos a falar este ano. Antes era tudo lagarta – diz o produtor rural, Ivalino Pedro Furlanetto.
Furlanetto conta que perdeu, na safra 2011/2012, 10 sacas de soja por hectare, e aumentou o custo de produção em 30% na tentativa de controlar a praga. Na safra 2012/2013, ele começou a adotar uma estratégia intensiva de combate, aplicando produtos de 10 em 10 dias. O produtor venceu a lagarta com um custo de 10% acima do previsto, mas sem perder a produtividade. Para a safra atual, os cuidados são ainda maiores.
Os produtores identificaram ataques da lagarta com maior infestação nas áreas onde teve cobertura de inverno com a produção de safrinha.