Clima não ajudou nos últimos dois anos, a expectativa dos sojicultores é que a produtividade seja 43% maior do que na última safra, alcançando 4,8 milhões de toneladas
Roberta Silveira | Luís Eduardo Magalhães (BA)
A área de cultivo de soja no oeste da Bahia deve crescer 7% nesta safra, cerca de 1,4 milhão de hectares. Já em produtividade, a expectativa é de crescimento de 43% em relação à safra 2013/2014. Depois de dois anos com muita seca, o clima deve ser favorável para o desenvolvimento das lavouras baianas.
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A Expedição Soja Brasil visitou as lavouras do oeste baiano. Conhecemos a propriedade do produtor Franco Bosa, em Luís Eduardo Magalhães. Ele pretende colher 60 sacas por hectare. Bosa semeou quase mil hectares com o grão de ciclo tardio, com desenvolvimento de 130 dias, porque acredita que oferece desempenho melhor em períodos de estiagem.
Na região, 90% das lavouras da região são de sequeiro, tipo de cultivo que depende da chuva. Se o clima colaborar e não existir grandes problemas com pragas, a produção de soja pode crescer 43% e chegar a 4,8 milhões de toneladas. Essa é a estimativa da Associação de Agricultores Irrigantes da Bahia (Aiba).
– A gente está apostando tudo e mais um pouco nesta safra. Porque a gente já vem de dois anos de safra mediana para ruim. Essa safra será a salvação da lavoura. Tomara que a chuva não falte e que a gente consiga controlar as pragas e doenças. Se Deus quiser, tudo vai dar certo – espera Franco Bosa.
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As nuvens carregadas são bem-vindas no oeste da Bahia. Depois de dois anos com poucas chuvas e baixa produtividade, a expectativa é que o clima colabore com a produção do Estado. O produtor rural Marcos Ponga precisou do seguro da lavoura, porque a produção de soja dele foi, segundo ele, horrível. Ele conseguiu colher apenas 18 sacas por hectare.
– Nos últimos dois anos, nós tivemos perca média de 20 a 30% da produção. Devido a falta de chuva mesmo. Tivemos período de dezembro com muita chuva no ano passado, em janeiro e início de fevereiro praticamente não choveu na nossa região – comenta Ponta.
Conversar com o agricultor debaixo de chuva não foi motivo para reclamação, muito pelo contrário. O sojicultor baiano deseja que a chuva de dezembro também continue no início de 2015.
– Este ano tem que ser melhor que os últimos anos, porque temos muitas contas para pagar – espera o produtor Marcos Ponga.
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