Maior volume de recursos, flexibilização do acesso ao crédito, mecanismos mais eficientes de apoio à comercialização e reforma do atual modelo de seguro rural foram algumas das propostas defendidas por produtores rurais para a safra 2014/2015.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, disse que alterar a legislação do seguro rural se tornou inevitável, especialmente por conta dos problemas climáticos e de pragas. Segundo ele, deve-se dar sustentação aos produtores, por conta dos riscos a que estão submetidos.
Na avaliação da superintendente técnica da CNA, Rosemeire dos Santos, apesar de o seguro rural ser um importante instrumento, ainda não está adequado à realidade do produtor rural. Ela explicou que a cobertura ainda é muito baixa e não contempla todas as culturas. Para melhorar o uso desta ferramenta, ela defendeu que as seguradoras garantam um nível mínimo de cobertura e que o pagamento do seguro seja feito diretamente ao produtor.
Outro ponto defendido pelos participantes do debate foi a entrada de mais empresas de seguro no setor agropecuário, com o objetivo de estimular a concorrência e baratear os custos, informa a CNA.
Os participantes do encontro consideraram, ainda, simplificar o acesso ao crédito rural. A superintendente técnica da CNA defendeu a implementação de um cadastro único para o produtor rural, com o objetivo de dar mais transparência às informações referentes aos mutuários na hora de obter o crédito rural. Ela propôs, ainda, um plano de safra plurianual, mais adequado à realidade e à importância da agropecuária.
O Plano de Safra 2013/2014 para a agricultura empresarial foi contemplado com recursos da ordem de R$ 136 bilhões. Desse total, cerca de 67% (R$ 91,2 bilhões) já havia sido tomado pelos agricultores, até dezembro passado. A safra 2013/2014 encerra-se em junho próximo.