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Produtores de palmito querem que varejo venda alimento com selo

Agricultores apostam em processamento do produto para garantir qualidade ao consumidorO Vale do Ribeira, no sul do Estado de São Paulo, uma das regiões que mais produz palmito pupunha no Brasil, tem sete mil hectares de plantação. Por ano, a produção chega a 22 mil toneladas. Cada haste da planta, quando colhida, chega a pesar de dois quilos e meio a três quilos. Depois de pronta na indústria, não rende mais que 700 gramas.

No entanto, o rendimento é bom. A produtora rural Miriam Maluf Mendes e o marido Marcelo Mendes de Melo têm plantação. Eles entraram no negócio há pouco tempo e estão satisfeitos. O casal trabalhava e morava em São Paulo. Não tinha o menor conhecimento sobre o palmito, até que, dois anos atrás, por sugestão de um tio de Miriam, resolveram investir.

Segundo Miriam, a primeira preocupação que tiveram foi com uma produção de qualidade, sem agrotóxicos.

? Uma produção bonita, com a mata perto, sem desmatamento. Plantando, ela perfilha. Você planta uma, ela perfilha em várias. Então é uma produção bem viável e também que você consegue manter esta natureza toda ? explica Miriam.

Assim como o casal, o produtor rural João Cruvinel, um dos mais tradicionais da região, faz um trabalho independente. No entanto, os três são sócios. Em um mês, eles devem abrir uma indústria pra processar o que produzem.

? Em um ano e meio, colhe-se a primeira safra. Com um ano e meio, se a lavora for bem tratada, a lavoura floresce. Ela se paga ? afirma João Cruvinel.

O Vale do Ribeira é muito conhecido pela produção de bananas. Mas o palmito, por conta do clima úmido e seco, da topografia, que vai de várzea até morros, é visto também como um bom negócio nesta região. Tanto que cada dia tem mais gente interessada nesta atividade.

Agora o desafio é manter a qualidade do palmito. Isso é muito rigoroso na indústria, mas é um trabalho que começa no campo. Agora tem até um selo pra que o consumidor possa identificar qual é o palmito bom.

Instituto Palmito Seguro
Bom, no sentido legal do negócio, diz o empresário Khalil Yepes Hojeije, que no ano passado fundou o Instituto Palmito Seguro, uma entidade que defende o que ele chama de moralização do produto, e que a produção seja qualidade para o consumidor. Do Instituto é que surgiu o selo, que fica no rótulo das embalagens. O selo atesta que o produto tem qualidade. O Instituto tem uma equipe de especialistas que faz auditorias nas plantações e nas indústrias. 

Alguns princípios de qualidade serão buscados, a exemplo da rastreabilidade. A gente vai também até o campo pra orientar e pra verificar como anda a produção e o cultivo de palmito. Assim, a gente consegue também rastrear esta marca que vai querer ter o selo no mercado e fazer uma análise microbiológica. A partir destas três informações, nós sabemos se aquela marca vai poder ou não ter o selo ? afirma o empresário.

A família de Khalil está há 40 anos no ramo. Eles produzem e beneficiam o palmito. Por mês, são mais de 260 mil vidros comercializados em mercados de todo o país. Tudo só sai daqui com o selo. Como eles, existem hoje outras cinco marcas no Brasil. Aquela que produtores rurais João, Marcelo e Miriam pretendem criar deve ser mais uma.

? Eu espero que realmente este selo venha realmente contribuir para a cadeia produtiva, para o produtor rural e para o consumidor final ? afirma Marcelo.

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