? No início pensávamos que o setor seria atingido em cheio por conta da doença e que a demanda cairia de forma generalizada. Mas verificamos que ela se manteve no mercado interno e até mesmo no externo, com uma queda momentânea na venda ? destaca.
Wessler entende ainda que a gripe A serviu como uma oportunidade para o setor reforçar junto à população a qualidade de produção e abate da carne suína brasileira, o que ajudou a manter a demanda.
? Além disso, devido aos efeitos da crise internacional, hoje não existem estoques de carne suína estocados nas indústrias e muito menos suínos represados nas granjas, devido à falta de capital de giro. Diante desse quadro, o preço, que estava na casa de R$ 1,65 no Paraná, começou a reagir e hoje está próximo de R$ 2,20, frente a um custo de produção que oscila de R$ 2,20 a R$ 2,35 ? analisa.
O dirigente destaca que, apesar desse valor ainda ficar abaixo do custo, a melhor demanda indica que o preço pode vir a oscilar entre R$ 2,50 e R$ 2,70, trazendo remuneração ao produtor, especialmente porque a exportação ao longo do ano foi crescente, na comparação com o mesmo período de 2008, com possibilidade de ampliação ao mercado russo ? afirma.
Para reforçar a melhora na demanda interna de carne suína, a Associação Paranaense de Suinocultores (APS), em parceria com a Associação Brasileira dos Produtores de Suínos (ABCS), promovem de 1º a 3 de julho, em Foz do Iguaçu (PR), o XIII Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura.
? O evento contemplará um fórum técnico que discutirá a logística da suinocultura em termos econômicos e de mercado, buscando o incremento no consumo per capita ? sinaliza Wessler.