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Produtores do Paraná reforçam movimento nacional que pede agilidade na votação do Código Florestal

Agricultores de todo o país se mobilizam em Brasília para defender a proposta nesta terçaEm março, representantes do governo e do setor produtivo do Paraná foram a Brasília pedir agilidade na votação das alterações do Código Florestal. Agora, reforçam o movimento nacional com uma caravana de mais de 4 mil produtores. Nesta terça, agricultores de todo o país se mobilizam em Brasília para defender a proposta.

Um dos pontos de concentração foi a sede do sindicato rural de Londrina. Produtores da região norte do Estado planejaram a viagem, de 14 horas, para ser um exemplo de união da classe.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 80% das propriedades rurais do Paraná estão classificadas como pequenas e médias. Os produtores afirmam que se o Código Florestal for aprovado como está, praticamente todas elas terão as atividades de agricultura e pecuária inviabilizadas.

A maioria tem na produção rural a única atividade econômica. Se o código for aplicado como está, eles já sabem qual será o futuro das propriedades.

? Você consegue plantar? Não consigo. Vai sobrar uns 10 alqueires, é muito pouco ? diz o produtor Jaime Escatolin.

? É uma propriedade pequena, de agricultura familiar, então para nós é muito importante. A gente vai com toda força apoiar esse movimento ? comenta a agricultora Márcia Barbeta.

Uma das alterações propostas seria a isenção dos 20% de reserva legal para propriedades com até quatro módulos fiscais. No Paraná, a área representa cerca de 72 hectares e quase 90% das propriedades rurais. Outra mudança beneficia produtores que têm áreas com mais de quatro módulos, porque permite que os 20% sejam reunidos entre as áreas de preservação permanente e as de reserva legal.

As medidas para mata ciliar também foram reduzidas na proposta ainda não votada: rios com até 5 metros de largura devem ter 15 metros de mata ciliar e rios com mais de cinco metros e até 15 metros de largura devem ter 30 metros de mata em volta. Para o presidente do sindicato rural de Londrina, esta segunda visita reforça a primeira iniciativa do Paraná para mudar pontos críticos da nova lei.

? É a necessidade de você estar presente, de mostrar que você precisa desse apoio. A gente tem hoje essa situação insustentável. Precisa de todo produtor fazer presença. Isso é uma demonstração da necessidade da gente se mobilizar. Nós não estamos pedindo nada irregular, nem fora da realidade. Mas, é a nossa realidade. Nós precisamos do apoio de todos para essa mudança ? diz Narciso Pissinatti, presidente do sindicato rural de Londrina.

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