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Produtores paulistas devem ter mais acesso ao crédito rural a partir de 2009

Além da compra da Nossa Caixa pelo Banco do Brasil, outras fusões do setor financeiro não devem alterar a concessão de recursos para o setorProdutores rurais de São Paulo deverão ter mais acesso ao crédito a partir do ano que vem. A expectativa é motivada pela incorporação da Nossa Caixa ao Banco do Brasil. Já no restante do país, as fusões e aquisições do setor financeiro não devem alterar a concessão de crédito para o setor.

Primeiro foi o Santander, que, no final de agosto, comprou o Banco Real. Movidos por essa aquisição, Itaú e Unibanco anunciaram, no início deste mês, a fusão que vai criar o maior banco da América Latina. Na semana retrasada o BB anunciou a compra da Nossa Caixa, um negócio de R$ 5,3 bilhões.

Essa onda de fusões e aquisições de instituições financeiras trouxe uma dúvida para o agronegócio brasileiro: como fica a disponibilidade de crédito ? já mais caro e de difícil acesso desde o início da crise financeira ? para o setor?

Mais de 70% do sistema de crédito rural do Brasil vem do setor público. O Banco do Brasil responde por 63% do total e tem cerca de dois milhões de contratos. Com a compra da Nossa Caixa, a instituição passa a ter a maior rede de agências do Estado de São Paulo, que é responsável por um terço do PIB agroindustrial brasileiro.

? Essa maior presença deve significar maior acesso ao crédito para produtores paulistas ? diz o vice-presidente de Agronegócios do BB, Luis Carlos Guedes Pinto.

De acordo com o banco de fomento de São Paulo ? que a partir de abril do ano que vem se chamará Nossa Caixa Desenvolvimento ? agricultores que tinham ou planejavam ter financiamento da instituição podem ficar tranqüilos. O crédito está garantido pelo menos em 2009, período de transição com o BB. Para a safra 2008/2009 serão R$ 900 milhões, e a metade disso já foi ofertada até outubro deste ano.

? A Nossa Caixa manterá a oferta de crédito para o agronegócio paulista com as linhas do crédito rural com recursos obrigatórios, com repasses do BNDES, Moderfrota, Moderinfra e Finame agrícola ? assegura o gerenre de Negócios Rurais, Gilberto Fioravante.

No caso dos bancos privados a situação é diferente. Menos de 30% do que é emprestado ao meio rural vem dessas instituições. Conforme o Itaú, de janeiro a outubro deste ano, a instituição liberou R$ 4,5 bilhões para o setor, e ainda não há projeções de como será a política de crédito depois da fusão com o Unibanco.

Com ou sem fusões, o consultor financeiro Paulo Rabello de Castro acredita que o acesso ao crédito está e continuará restrito.

? O mais importante e preocupante é que os bancos têm demonstrado pouco apetite para o risco agrícola, o que de um lado piora as perspectivas de financiamento e refinanciamento daquela parcela de agricultores que está pouco capitalizada, e que não é pequena.

O Unibanco e o Santander foram procurados pela equipe de reportagem do Canal Rural, mas não se manifestaram.

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