Agricultores e parlamentares ligados ao agronegócio acham que a desoneração ainda é insuficiente para diminuir os custos de produção das lavouras e defendem alíquota zero de importação do glifosato. O deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS) espera que os ministros que integram a Câmara de Comércio Exterior atendam à reivindicação do setor.
? Se aprovarem os 2,1% lamentaremos que não seja zero. Num momento de crise temos de baixar o custo de produção ? disse.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) critica a manutenção da tarifa sobre um produto que teve 100% de aumento em um ano.
? Tirar o antidumping não inibe nenhum tipo de investimento nas indústrias, pois elas não vêm ao Brasil investir em pesquisa, produção, exigindo tarifa antidumping, mas sim o potencial de produção que a agricultura brasileira tem ? destaca a assessora técnica da CNA, Rosemeire dos Santos.
Desde 2003, a alíquota que incide sobre as importações do glifosato chinês vem sendo reduzida. Passou de 35,8% em 2003 para 11,7% em 2008. Em julho do ano passado, um novo ajuste fixou a taxa em 2,9%.