O presidente da Federação dos Arrozeiros do Estado (Federarroz), Renato Rocha, que participou na terça da reunião da Câmara Setorial do Arroz do Ministério da Agricultura, explicou que o valor das opções levou em conta os preços do grão no mercado interno há dois meses, quando a cotação estava em R$ 25,00 a saca. O anúncio do governo, de aporte de recursos para apoiar a comercialização, fez os preços reagirem.
Em março, o governo anunciou que seriam liberados R$ 737 milhões para sustentar os preços do arroz, que estavam abaixo do mínimo de garantia de R$ 25,80 a saca. O valor será suficiente para apoiar a comercialização de 2,020 milhões de toneladas de arroz da safra estimada em 11,666 milhões de toneladas. A portaria desta semana destinou R$ 400 milhões para os leilões que darão aos agricultores a oportunidade de vender ao governo 700 mil toneladas de arroz caso os preços de mercado fiquem abaixo do valor das opções no vencimento dos contatos, previsto para dezembro deste ano.
Outra proposta apresentada na terça pelos arrozeiros gaúchos é a pulverização dos lotes nos leilões de opções, pois a portaria interministerial estabeleceu volumes mínimos de 27 toneladas. Eles também pedem que o governo brasileiro encaminhe uma proposta ao Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) de taxação de 4% de ICMS sobre o arroz importado dos países do Mercosul.