Segundo o secretário de Agricultura do Paraná, Valter Bianchinni, que também esteve na reunião, o ministro sinalizou positivamente em relação à manutenção da TEC, até que haja necessidade real de retirá-la.
? Os produtores não são contra a derrubada da TEC, mas deve ser feita no momento certo, não agora. O país tem estoque de cerca de 3 milhões de toneladas e deve ter que importar mais 3 milhões até o final da colheita, por volta de outubro ? afirmou o secretário.
Ele disse que o ideal é que a tarifa para as importações seja mantida pelo menos até julho. O novo preço mínimo pedido é de R$ 600 por tonelada, enquanto o valor atual é de R$ 480. Essa ação, segundo os representantes da cadeia produtiva, garantiria a comercialização do trigo após a colheita. Antes disso, os produtores pediram R$ 2,5 bilhões em crédito para o custeio da safra, que começa a ser plantada no fim de março.
O Brasil consome 10,2 milhões de toneladas de trigo anualmente, enquanto sua produção deve ser de 6 milhões de toneladas nesta safra, mas foi de 4 milhões na passada e pouco mais de 2 milhões na anterior.
Para o presidente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), João Paulo Koslovski, o país deve pensar em produzir mais do que consome.
? O Brasil tem que exportar trigo. Temos potencial para isso. Nosso trigo é de qualidade e tem mercado.
Koslovski elogiou o Plano Nacional do Trigo, lançado no ano passado pelo governo para ampliar o volume produzido no país.
? Ele foi um dos grandes responsáveis pelo crescimento da produção. Amparou com recursos cerca de um terço do volume produzido ? afirmou.