Por enquanto, o que existe é a formação de um grupo, a Associação dos Produtores e Indústrias para Indicação Geográfica do Pêssego da Região de Pelotas (Apippel), que reúne toda a cadeia do pêssego da região. A comitiva trabalha no levantamento de dados históricos para a criação das regras que serão encaminhadas ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial como demonstração da necessidade de aquisição do selo. Se aprovado, toda a produção do pêssego industrializado na região chegará ao mercado com a inscrição, no rótulo, “pêssegos da região de Pelotas”.
? Quem adquirir o produto terá a certeza de que está consumindo um pêssego diferenciado, produzido com boas práticas agrícolas e um processo de beneficiamento exclusivo. Para a região, é uma forma de resgatar o valor e a importância de uma cultura que faz parte da história ? diz o pesquisador da Embrapa Clima Temperado de Pelotas, Clenio Pillon.
Ainda não existe uma data definida para que as embalagens comecem a estampar o selo da Indicação Geográfica. Possivelmente será na próxima safra. O presidente da Apippel, Luiz Ariosto, informa que o período é de floração dos pomares e, por isso, não daria tempo de determinar, ainda neste ano, os padrões de plantio.
Os números:
– São mais de 20 mil produtores na região e nove indústrias de processamento ? 95% do total de pêssegos produzido no país
– Por ano, a produção média chega a 500 mil toneladas da fruta
– Cerca de 50% da produção do pêssego da região de Pelotas é exportada para o sudeste brasileiro
Quem será beneficiado pelo selo da Indicação Geográfica:
– Produtores e industriais: serão mais valorizados, tanto pela marca quanto no preço pago pelo produto
– Consumidores: terão a garantia da qualidade do produto, já que todas as embalagens com o selo apresentarão padrões definidos da fruta, das formas de plantio e do processo de beneficiamento.