A falta de chuva que iniciou já no mês de novembro, período recomendado para o plantio, impediu o cultivo de 60, dos 300 hectares destinados à oleaginosa. Com a semente estocada nos galpões, o agricultor aproveitou uma chuva no final de janeiro para plantar.
O resultado não foi satisfatório. Durante a fase mais delicada da planta – que neste caso ocorreu entre março e abril, ao invés de acontecer em fevereiro – a chuva também veio em pequena quantidade.
– Em março choveu 28 mm, quando o necessário pra planta se desenvolver bem era 120 mm – conta o agricultor, que também é engenheiro agrônomo.
A colheita deve se iniciar nos próximos dias e terá índices de produtividade pífios. Os pés de soja estão com cerca de 20 cm de altura, quando o normal é ter cerca de 1,20m na época da colheita. Com o desenvolvimento prejudicado, Brum estima colher, no máximo, 10 sacos por hectare.
– Não paga nem o custo de produção. Para isso seria preciso colher 25 sacos por hectare – lamenta o produtor.
De acordo com a Emater, o índice de agricultores que arriscaram o cultivo tardio foi reduzido. Tanto, que a entidade não possui uma estatística oficial que aponte o tamanho da área.
– Para quem apostou, o resultado é este verificado agora. As plantas já estão no final do ciclo e as lavouras do Estado se encaminham para a fase de colheita – afirma Dulphe Pinheiro Machado, gerente técnico estadual da Emater.
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