Em Minas Gerais, surgiram associações de produtores ao redor de todas as usinas. Pelo menos onze estão na região do Triângulo. Os fornecedores buscam unir forças para negociar com as usinas e atrair novos investimentos que garantam uma política de apoio para quem produz a cana. Agora, os grupos que trabalhavam isolados querem criar uma nova identidade. A ideia é resgatar a comissão técnica da cana-de-açúcar que teve papel importante na década de 80.
O produtor rural Nelson Luís Krastel produz 200 mil toneladas de cana e vende para três usinas. O produtor acredita que o fortalecimento do núcleo de fornecedores vai ajudar na renda final. O agricultor quer que o preço não fique atrelado nas decisões da indústria sobre o produto final que vai ser gerado a partir da cana.
A produção de cana no Triângulo Mineiro está garantindo bom rendimento de açúcar, a chamada ATR, que serve de base para finalizar os preços pagos ao produtor. O valor da tonelada teve uma média de R$ 45 no ano passado e agora está em R$ 51. Os produtores mineiros começam traçar uma nova fase para organizar o fornecimento da cana para as indústrias.