Para participar, o agricultor não tem custos. Equipes da Emater e das organizações que participam do projeto mapeiam a propriedade e fazem o estudo de geoprocessamento para ver definir o que é preciso recuperar.
– Dentro das normas ambientais vigentes, a gente define o que cada um tem que fazer para adequar a propriedade. O programa oferece o plantio de todas as mudas dentro dessas áreas, desde que haja concordância por parte do produtor, e ele melhora o acesso às estradas – explica Névio Guimarães, extensionista rural da Emater-DF.
Com tudo pronto, o agricultor passa a receber de R$ 80 a R$ 200 reais por ano para cada hectare da propriedade dentro dos padrões de preservação ambiental. Zélio Isoton, produtor de milho e sorgo já reservou 2,5 hectares dos 27 hectares de sua área em Planaltina. No espaço serão plantadas espécies nativas.
– Já tenho inclusive um vizinho aqui recebendo o pagamento. Outros produtores aqui da Taquara também estão recebendo. É uma ajuda, um incentivo, porque no momento que a gente planta as árvores aqui fica sem terreno, sem poder plantar nessa área. Aí, com isso vai dar uma ajudinha de custo – diz Isoton.
Notícias Relacionadas
Para participar do projeto Produtores de Água, os agricultores devem procurar os escritórios da Emater nos estados. O Programa Produtor de Água foi criado pela Agência Nacional de Águas em 2001, para revitalizar bacias hidrográficas no Brasil. O programa já existe nos estados de Minas Gerais, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Paraná.
No Distrito Federal, serão investidos R$ 40 milhões nos próximos 10 anos para recuperar a bacia do Ribeirão Pipiripau, que ajuda no fornecimento de água para cerca de 180 mil pessoas moradoras de Planaltina e Sobradinho.
