Cozinhas improvisadas, camas e bandeiraços. Os 150 produtores rurais chegaram por volta das 6h e organizaram um acampamento em frente ao Palácio Piratini, sede do governo estadual.
Os produtores da agricultura familiar querem uma resposta do governo para assuntos que já que foram entregues como reivindicação há alguns dias, mas que ficaram sem resposta. Em pauta, a solicitação de mais recursos para produção de alimentos, educação no campo e o desenvolvimento de projeto de habitação rural.
– Estamos reivindicando um recurso de R$ 170 milhões para produção de alimentos – afirma a coordenadora da Fetraf/Sul, Cleonice Back.
Nesta terça, dia 14, outros 100 agricultores devem chegar à capital gaúcha e se reunir no acampamento. A intenção é fazer uma grande mobilização na próxima quarta-feira. Uma das principais reivindicações é a questão das demarcações de terras indígenas.
– Este é um problema sério. Trinta mil famílias, agricultores, estão com risco de perder suas áreas de terras – alerta a coordenadora da Fetraf.
Segundo o produtor rural Rui Valença, o clima é de incertezas.
– A gente não sabe o que vai acontecer, tu não sabe se faz investimento, reforma… A gente sabe que existe uma portaria declaratório do Ministro… como área indígena diz Valença.
O agricultor conta que produz grãos, leite e erva-mate nos 25 hectares da família, no interior do Estado. As terras foram demarcadas como território indígena. O medo, agora, é não ter mais onde produzir.
– Essas terras foram compradas pelo meu bisavô…foram pagas e foram compradas do Estado do Rio Grande do Sul – garantiu o produtor.