As equipes que fazem o patrulhamento rural são treinadas para uma abordagem diferente. No projeto Campo Seguro, em Uberaba, o trabalho tenta aproximar a polícia das pessoas que fazem parte das comunidades do interior. As visitas vão criando um ambiente de confiança. São quatro mil propriedades rurais em 11 setores.
? Quando a Polícia Militar é chamada para atender a ocorrência, a suplementação da carência do conhecimento da área rural com GPS facilita a localização de todos os pontos marcados e os fazendeiros precisamente identificados através dos números de telefones e nomes fica mais fácil aproximar a polícia. Vamos instruir os produtores a agirem de forma preventiva também para evitar furtos e roubos ou qualquer delito na zona rural ? explica o comandante do quarto BPM MG, Nei Sávio de Oliveir.
Reforçar a segurança no campo só está sendo possível com investimento dos próprios produtores rurais. Na base do mutirão foram arrecadados 200 animais no interior do município. O dinheiro da venda será usado para comprar novas viaturas. O desafio é patrulhar 5.400 quilômetros de estradas rurais que dão acesso às propriedades. O produtor rural, Gilberto Dias fala sobre a sua necessidade
? A tendência parece que hoje a relação com a segurança é uma coisa notória. A tendência é aumentar mais e nós ficamos desguarnecidos. O produtor fica desprotegido, está a mercê do bandido e não se pode fazer nada.
Todos estão envolvidos na busca pela segurança, não importando o tamanho da propriedade. As doações acontecem de acordo com o tipo de atividade.
? Cada micro região de acordo com a característica da sua produção doa o que pode, nós temos doação, por exemplo, de milho, soja. O mais importante dessa doação é a possibilidade do produtor sentir que ele pode cobrar. Além do imposto que ele paga está doando um pouco mais, ele pode se envolver, pode cobrar mais é importante que ele cobre do poder público usando como argumento o fato de ter participado ter doado ? ressalta o pecuarista e superintendente da ABCZ, João Gilberto Bento