ENTREVISTA

Produtores rurais de MS discutem soluções emergenciais em meio à crise no agronegócio

Produtores rurais de Mato Grosso do Sul se reuniram nesta quinta-feira (27) para discutir soluções emergenciais diante da crise que atinge o agronegócio no estado. O aumento nos custos de produção, o endividamento dos produtores e as dificuldades no acesso ao crédito foram os principais temas abordados no encontro. O diretor executivo da MS Integração, Roney Pedroso, foi quem trouxe os detalhes da reunião.

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De acordo com Roney, a situação financeira dos produtores rurais de Mato Grosso do Sul se agravou nos últimos três anos devido a fatores climáticos, como a seca, e aos elevados custos de produção. “A produção forrageira tem sofrido devido à falta de água, afetando diretamente a rentabilidade dos produtores. Além disso, os preços das commodities não têm sido suficientes para compensar os custos crescentes“, explicou Roney.

A apresentação feita durante a reunião destacou que a média de produtividade dos últimos três anos foi fortemente afetada. A região centro-sul do estado, que representa 60% a 85% da área plantada, sofreu perdas significativas. O cenário ficou ainda mais crítico com a defasagem dos preços das commodities, como soja e milho, e os altos custos de arrendamento, investimentos e juros.

Diante desse cenário, os produtores estão buscando a união entre sindicatos, associações como a Famasul e a Aprosoja, o governo estadual e a Assembleia Legislativa para encontrar soluções. “Estamos organizando o setor, envolvendo sindicatos, Famasul, Aprosoja e autoridades para buscar um caminho que possa contornar essa situação aqui no estado”, ressaltou Roney.

Durante o encontro, foram discutidas as consequências dessa crise para toda a economia do estado, pois o agronegócio é um dos principais setores produtivos de Mato Grosso do Sul. A redução na produção impacta negativamente os tributos arrecadados pelo estado, dificultando investimentos e afetando o comércio local.

Roney enfatizou que o estado vive um momento sério e que muitos produtores já estão deixando a atividade. “Hoje o agro de Mato Grosso do Sul pede socorro. Estamos tentando sensibilizar as autoridades para trazer apoio e ajudar a reverter esse cenário“, afirmou.