Em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa, em Porto Alegre, produtores rurais voltaram a defender flexibilização na lei 7.747 de 1982. Eles afirmam que há um rigor excessivo nas regras para o uso de agroquímicos no Estado e querem a liberação de produtos hoje autorizados em outras regiões do Brasil, mas ainda proibidos nas lavouras gauchas.
– Eu acredito que o problema tem que ser geral ou não só para o Rio Grande do Sul – afirma o produtor rural Telmo de Freitas.
Já ambientalistas acreditam que uma possível alteração na lei seria um retrocesso, com prejuízos à saúde humana.
– Nosso manifesto é exatamente esse, mantém-se a lei. Algumas frentes da Assembléia batalham para colocar a nossa vida mais em risco, ou seja, mais ambiente contaminado, mais problemas na área da saúde – explica a conselheira da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), Ana Valls.
Para o presidente da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, deputado Ernani Polo, a discussão está longe do fim e será importante na busca de uma solução para o impasse.
– São sugestões que vamos levar adiante, ver sua viabilidade para que a gente possa, dentro de um diálogo, de uma condução, de um equilíbrio, tratar esse tema com toda a responsabilidade que ele merece – diz o parlamentar.