Produtores do DF são prejudicados pela falta de fornecimento de energia elétrica na região

Segundo os agricultores, problemas começaram há dois anos, depois que uma fazenda da região foi invadida pelo Movimento Sem TerraAgricultores de Brazilândia, no Distrito Federal, têm enfrentado dificuldades para manter a produção. Eles reclamam do fornecimento de energia elétrica na região. Os problemas começaram há dois anos, depois que uma fazenda da região foi invadida pelo Movimento Sem Terra.

O produtor rural, Edson Pinto Corrêa, tem uma propriedade com quatro hectares, mas apenas um está sendo cultivado. O agricultor  teve que reduzir a área plantada, depois que falhas na rede elétrica queimaram as bombas, utilizadas no processo de irrigação. Enquanto tenta salvar a produção, ele contabiliza os prejuízos que já passam de R$ 10 mil. Ele diz que só neste mês 15 mil pés de morango que haviam sido plantados, não puderam ser colhidos.

– As terras estão paradas. Como vou trabalhar sem energia? Para poder trabalhar, estou plantando o mínimo possível. A produção caiu quase 80%. Se tivesse energia boa, a chácara estava toda verdinha, toda plantada – disse Corrêa.

 Edson investiu cerca de R$ 7 mil para usar uma bomba de irrigação. Porém, não pode usar. Ele explica que se ligar a bomba, ela tem que funcionar a 440 W e pode queimar.
 
O agricultor Francisco Ranieri afirma que as quedas de energia aumentaram o custo da produção e diminuíram a produtividade da lavoura.
 
– Só uma bomba queimou duas vezes, a da cisterna queimou uma vez  e nem presta mais. Na plantação de morango perdi 21 mil pés da fruta. Comprei, repus, comprei de novo e isso esta acontecendo. Não estou produzindo o que era pra produzir. Antes eram 300 caixas, agora são só 150 – lamenta Ranieri.
 
Segundo os produtores da região, o problema começou há dois anos, depois que esta fazenda foi invadida por integrantes do movimento sem terra. Eles estariam fazendo ligações clandestinas de energia, sobrecarregando a rede elétrica.
 
Ao todo, 70 produtores estariam sendo prejudicados. Eles garantem que já procuraram a empresa responsável pelo fornecimento do serviço, a Companhia de Energia Elétrica de Brasília, mas não obtiveram resposta.

De acordo com o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Carlos Guedes de Guedes, quando os agricultores são assentados, o que ainda não é o caso deste grupo, há um levantamento das necessidades básicas, como o fornecimento de água e energia.
 
– A água é viabilizada pelo Programa água para Todos e a habitação pelo Minha Casa, Minha Vida. O Incra apresenta essas demandas aos respectivos órgãos responsáveis por esses programas que fazem parcerias com os Estados e municípios para viabilizar as condições nos assentamentos – disse.

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