– Temos a convicção de que a biotecnologia é uma ferramenta importantíssima para o aumento de produtividade e melhoria nos sistemas de cultivo. O que precisamos e conhecer os benefícios destas tecnologias para que o produtor possa pagar um preço justo pela sua utilização – diz.
Mato Grosso do Sul cultiva uma área de 1,8 milhão de hectares de soja. Na safra 2011/2012, o Estado colheu 4,7 milhão de toneladas. Conforme a Federação, os agricultores alegam que faltam testes de cunho científico para a efetiva comprovação das vantagens prometidas para a RR2.
Integrante do grupo que testou a cultivar, o agricultor Luciano Muzzi Mendes relata ter cultivado 2,8 hectares com a nova variedade, obtendo produtividade de quatro sacas por hectare a mais do que alcança com a variedade que domina a sua lavoura, em Maracaju, maior produtor de soja de Mato Grosso do Sul. Ainda assim, Mendes afirma considerar que há necessidade de testes mais efetivos para atestar o êxito da nova variedade.
– Vou destinar 5% da lavoura para a Intacta, porque um ano é muito pouco para atestar sua viabilidade econômica. Só é possível dizer se é caro ou barato quando conseguirmos enxergar o resultado da tecnologia. Ainda é precoce fazer qualquer afirmação neste sentido – avalia.
Cautela também é a recomendação do produtor rural Luiz Alberto Moraes Novaes.
A necessidade de comprovação sobre a viabilidade econômica da tecnologia também é apontada pelo produtor Leôncio Brito Neto. Ele pontua, no entanto, que produtores mais arrojados devem apostar na nova soja.
– É preciso dados científicos. Eu sou mais conservador, tenho receio de tecnologias não comprovadas. Precisamos ter noção em termos percentuais sobre a vantagem a partir da economia e produtividade que ela pode gerar – opina.