O setor teme que a restrição ao uso dos componentes químicos, bastante utilizados no plantio do grão, comprometa a produção agrícola. A carência de determinadas substâncias pode resultar no ataque de percevejos nas lavouras.
O governo decidiu flexibilizar a portaria devido às reclamações dos produtores de soja e liberar as aplicações com os defensivos agrícolas até o dia 1º de janeiro.
– Eu posso ter um ataque de pragas muito grande no qual eu tenha que fazer uma aplicação em fevereiro, por exemplo, e aí, como eu vou fazer se você tiver um período muito chuvoso e eu não conseguir entrar com o trator? As pessoas não têm ideia do que é isso. Em um mil hectares eu posso perder 10 sacas, e aí estamos falando de 10 mil sacas de soja. Estamos falando de meio milhão de reais – explica o presidente da Aprosoja Brasil, Glauber Silveira.
Nesta quinta, dia 22, o setor entrega uma carta ao ministro pedindo a suspensão da medida até que sejam feitos estudos sobre a realidade da aplicação das substâncias.