O produtor rural Alexandre Lopes vai plantar 300 hectares de soja em Campo Verde (MT), a 120 quilômetros de Cuiabá. A mesma área foi cultivada na safra passada. Ele diz que já comprou o adubo, encomendou as sementes, mas ainda não sabe quando vai semear o solo. Terminando o vazio sanitário, a primeira preocupação é com o clima.
? Assim que terminar o vazio sanitário, vou só esperar a primeira chuva para começar a plantar os grãos. Vou plantar sementes precoces, pois quero fazer safrinha de algodão após a colheita da soja ? explica Lopes.
O controle de pragas e doenças, como a ferrugem da soja, também está entre os assuntos que preocupam o produtor. Para se prevenir, não pensou duas vezes: foi ouvir dos pesquisadores algumas orientações para o melhor planejamento da safra que se aproxima. Ele não foi o único. O auditório lotado confirma que o homem do campo quer estar cada vez mais informado na hora de tomar decisões. Para atender a essa necessidade, especialistas da Fundação MT percorrem os principais municípios produtores de soja com a caravana É Hora de Plantar.
Em Campo Verde, os pesquisadores falaram sobre as influências do fenômeno climático La Niña, como o provável atraso na chegada das chuvas. Foram apresentadas também instruções sobre adubação e manejo do solo, sanidade e escolha das cultivares.
? O manejo de solo deve ser feito ao longo do ano. O produtor não deixar para última hora ? diz o pesquisador da Fundação MT Leandro Zancanaro.
Para os produtores, o conhecimento adquirido com os especialistas e o planejamento da safra são importantes para transformar a expectativa em bons resultados no campo.
? Sempre participo destes eventos. Eles são muito importantes para a atualização constante dos agricultores. Sem isso, não há como ser competitivo e eficiente no campo ? diz o produtor rural Lídio Chiapinotto.
A caravana É Hora de Plantar já passou por sete cidades e vai passar por outras oito até o fim da próxima semana. Nesta segunda, dia 30, os pesquisadores estarão em Tangará da Serra (MT).