? Estamos nos organizando para montar uma parceria de uma misturadora junto ao Porto de Paranaguá (PR) para os produtores importarem e misturarem os fertilizantes e fugir da dependência de multinacionais ? disse ele ao Mercado e Companhia.
Outro objetivo do consórcio organizado pela Aprosoja é formar uma sociedade para explorar jazidas, caso sejam encontradas reservas suficientes para garantir o abastecimento de fósforo, um importante insumo para os fertilizantes.
? Queremos que as minas de Mato Grosso sejam dos produtores ? acrescentou Glauber Silveira.
Silveira afirmou ainda que pesquisas sobre jazidas de fósforo no Estado devem ser concluídas até o fim do ano. Comprovada a viabilidade, a exploração poderia começar em até três anos, concluiu o presidente da Aprosoja.
Na semana que vem, a entidade deve realizar ma reunião para detalhar ainda mais a idéia da formação do consórcio. O passo seguinte é organizar encontros com produtores pelo interior de Mato Grosso na tentativa de atrair participações.
? Para esta safra, não dá mais. Temos certeza absoluta que, na próxima safra, já haverá importação direta dos produtores, misturando (fertilizantes) em Paranaguá e em Mato Grosso.
Crédito para custeio
Além dos altos custos de produção, Glauber Silveira revelou que a falta de crédito preocupa os produtores de Mato Grosso. O presidente da Aprosoja relatou que, em reuniões com representantes do Ministério da Fazenda, recebeu a informação de que não haverá recursos para custeio da safra por parte do Banco do Brasil.
? O produtor que espera acessar recursos do Banco do Brasil, é melhor buscar outra fonte do que ficar na esperança ? recomendou.