– Apesar de o preço estar em uma condição excepcional neste momento, o custo é maior do que a possibilidade de colher. Então nós temos, sim, casos em que os produtores não colheram, porque não vale a pena. Tem um custo também de colheita que não é tão barato, também, então, veja a dificuldade que é encontrar aquela condição ideal para realização da atividade – afirma.
O produtor rural Fredolino Eikcho relata que sua lavoura registrou perda total. Com a seca, foram colhidas três sacas de soja por hectare.
– A vagem que tem já caiu semente e o grão debulhou. Mas, no fim, vamos juntar o pouquinho que tem – lamenta.
Para Elsivir Welter, esta é uma das colheitas mais difíceis de sua vida. Ele planta a oleaginosa há 43 anos e acredita que não deve render 20 sacas por hectare nesta safra.
– Toda a atividade tem altos e baixos, só que esta aqui foi bastante doída. Estamos pagando para colher hoje porque, entre arrendamento, se foi a colheita. Aí, se foi ainda o que a gente investiu, está indo óleo, frete, gasolina, óleo para colher, manutenção de máquinas para colher aquele pouco que sobrou da estiagem – aponta.