– Hoje o corredor sanitário de carga animal é feito pela cidade de Vacaria. Isso é determinado por legislação federal. A dificuldade da BR-101, hoje, em ser um corredor sanitário, é um problema de fiscalização em Santa Catarina – disse o supervisor regional de fiscalização do RS, Flávio Cunha.
Para que esse tipo de carga trafegue com segurança é necessária uma estrutura adequada, com maior fiscalização. Atualmente, cada Estado é responsável por fiscalizar o trânsito de caminhões e notas fiscais em um mesmo posto fiscal de divisa, localizado no município de Torres (RS).
– Na nossa parte precisaria de um reforço de pessoal, na entrada, porque é aonde chega mais cargas. A questão de SC é que eles alegam didifuldades com a fiscalização na 101 – conta o supervisor do RS.
Uma das principais vantagens para o Rio Grande do Sul em transformar a BR-101 em corredor sanitário é a melhoria na logística. Recentemente a rodovia foi duplicada, está com pista nova e plana. A redução no tempo das viagens pode ser de até 10 horas, o que traria maior competitividade ao Estado.
Segundo o presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), Rogério Kerber, o Rio Grande do Sul possui, hoje, cinco corredores sanitários localizados em pontos diferentes do Estado – Iraí, Barracão, Marcelino Ramos, Vacaria e Torres, e somente um ponto de entrada de produtos vegetais destinados à exportação e à comercialização nos municípios ao longo da BR-101.
– O atual corredor normal para essas produções tem que deslocar pela BR-116, que tem pista simples e onde o tráfego vem aumentando. Uma região de topografia acidentada, que acaba estendendo o tempo de duração de uma viagem – avalia Kerber.
Um documento com o pedido do novo espaço sanitário foi entregue pelo fundo de desenvolvimento e defesa animal ao Ministério da Agricultura, que deve intermediar as negociações com o governo de Santa Catarina.