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Produtores de tomate começam o ano com perdas de 40% nas lavouras

Pragas, forte incidência de chuva, redução da área plantada e aumento da oferta são apontados como os quatro principais fatores para o prejuízoOs produtores de tomate iniciaram o ano com perdas na lavoura que chegaram a 40%. As pragas e a incidência de chuva nas regiões produtoras são apontadas como responsáveis pela redução da oferta, que aumentou em até 100% o preço do produto. O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) aponta mais um motivo para alta dos preços: a redução da área plantada, que foi de quase 20% em relação a 2012.

O produtor Cyro Abumussi planta tomate há 25 anos. Desde novembro do ano passado, as principais regiões produtoras vêm sendo atacadas por duas pragas: a broca e o estenfídio. O clima de janeiro também se tornou tão nocivo quanto os insetos e fungos. Ele explica que a chuva agravou muito a queda da produtividade.

– A maioria das roças são a campo aberto, o que dá uma exposição muito maior das plantas e a facilidade dos insetos e fungos atacarem as plantas é muito grande. A chuva traz outros problemas, principalmente para o visual dos frutos – diz.

A qualidade piorou, a oferta está menor e os preços sofreram elevação. O produtor que comercializava uma caixa a R$ 35,40, está vendendo agora a R$ 80,00. Para o consumidor também ficou mais caro. O quilo pulou de R$ 3,00 para R$ 8,00. Porém, mesmo recebendo mais, o panorama atual não compensa para o produtor porque os custos são muito altos. O reajuste é uma necessidade para equilibrar as contas.

Para o pesquisador do Cepea Fabrício Zagati, a explicação vai além da incidência de pragas e chuva: a alta de agora está relacionada com janeiro de 2012.

– O verão passado foi atípico, mais seco que o normal. Isso elevou muito a produtividade nas lavouras e fez com que a oferta subisse a níveis que o produtor não conseguiu obter um preço bom na caixa.

Com remuneração baixa, a área de plantio acabou reduzida durante o ano. Segundo Zagati, com as perdas que o produtor contabilizou no ano passado, a área prevista reduziu em cerca de 17%. A estimativa é que, pelo menos para os próximos três meses, os preços devam continuar altos.

– Na Ceagesp [Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo], a média da caixa do tomate salada foi de R$ 68,00. Se você contabilizar que o produtor vai vender por volta de R$ 40,00, R$ 50,00, está tendo um ganho muito bom – destaca Zagati.

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