Equipe 1 da Expedição Soja Brasil visitou os municípios sul-mato-grossenses de Maracaju e Dourados e acompanhou os produtores correndo para garantir a janela da segunda safra
Fernanda Farias | Maracaju e Dourados (MS)
As lavouras em boa parte de Mato Grosso do Sul já se apresentam em estágio avançado neste momento. Os produtores estão correndo contra o tempo para garantir a janela do milho segunda safra. Para conseguir cumprir o cronograma, o trabalho é de dia e à noite.
Um feixe de luz no meio da escuridão indica que tem gente trabalhando. Visualizamos três plantadeiras operando ao mesmo tempo para semear rapidamente mil hectares de soja. Esse é o cenário que a Equipe 1 da Expedição Soja Brasil encontrou ao chegar no quinto maior Estado produtor da oleaginosa do país.
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Os funcionários de uma propriedade em Maracaju enfrentam alguns imprevistos, como ajustes da máquina no escuro e no meio da lavoura. Tudo para garantir o plantio da segunda safra de milho.
– Estamos tocando até mais tarde para adiantar um pouco o serviço. Eu acredito que em uns 12 dias (devemos terminar o plantio). Esta é a quarta noite que avançamos, correr para garantir o milho safrinha – comenta Mauri Pivetta, gerente da fazenda.
O ritmo está acelerado assim porque foram mais de 20 dias de seca no Estado. Até agora, 37% da área de 2,3 milhões de hectares de Mato Grosso do Sul está plantada. Em Dourados, são 150 mil hectares de soja. A maior parte da semeadura ocorreu nos últimos dias de outubro.
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– Estamos com 80% da área plantada hoje, por conta dessa chuva que veio e deu essa oportunidade de plantio. Esperamos até o final de semana, no máximo 10 dias, para chegar a 100% da área plantada – explica o presidente do Sindicato Rural de Dourados, Marisvaldo Zeuli.
Depois das últimas chuvas na região, os produtores foram com as máquinas para o campo. Visitamos a propriedade do sojicultor Lucio Damalio, que deve terminar o plantio dos seus 350 hectares em até 10 dias.
– (O plantio) está dentro da janela, dentro da expectativa. Com a tecnologia que nós temos, é possível prever isso já. Esse ano tem tudo para ser bom. Eu acredito que tenho de 10 a 15 dias de frente para fazer a safrinha de milho antes do risco de geada – comenta.
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Damalio está na região de Dourados há quase quatro décadas. Ele sempre apostou no plantio direto, por isso que está confiante de que fará uma boa safra. A lavoura dele está com palhada suficiente para reter a umidade e garantir produtividade.
– Nós já vamos para 38 anos fazendo e experimentando na lavoura. Hoje estamos quase perto do ideal, com uma boa cobertura e fazendo rotação de cultura, que isso é o ideal. Nós estamos com o solo coberto para diminuir o impacto da chuva e da insolação, isso nos garante mais umidade no solo, o que é muito significativo – completa Lucio Damalio.
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Acompanhe o trajeto da Equipe 1 da Expedição Soja Brasil: