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Produtores de trigo do Paraná podem ganhar ainda mais com adubação

Medida ainda sofre resistências, já que o trigo é considerado uma cultura de riscoO Paraná deve colher perto de cinco milhões de toneladas de trigo, o que representa quando metade do consumo do país. O Estado é o maior produtor nacional do grão e os bons preços animam os produtores. No entanto, eles podem ganhar ainda mais se investirem em adubação, uma medida que ainda encontra resistência porque o trigo é visto como uma cultura de risco.

Os 800 hectares de trigo do produtor rural Antonio Perrucci foram adubados e a propriedade fica em uma área de solo bem manjeado, na cidade de Cambé. O produtor confia no retorno do que investiu com adubo.

? A gente deve colher 60 sacas de trigo por hectare esse ano, mais do que as 45 da safra passada. Quem planta trigo tem que investir também em adubação, não tem como esperar que a natureza faça tudo ? afirma.

Uma pesquisa da Embrapa mostrou que só com a adubação o produtor pode conseguir até 40% a mais em produtividade na lavoura de trigo, em condições de solo e clima favoráveis. E a soja pode ficar até quatro safras sem receber adubo, se for plantada na mesma área do trigo adubado.

? Em uma área de mais de 350 mil hectares foi possível perceber que as lavouras mais bonitas foram adubadas. E a soja só precisou de nutrientes depois de quatro safras, o que mostra que o trigo precisa mais de adubo do que a soja e o produtor, em geral, faz o contrário por questão de custo. Mas ele deve entender que o retorno com o trigo pode ser melhor do que com a soja ? afirma o pesquisador Manoel Carlos Bassoi.

O planejamento também é cada vez mais uma exigência do mercado. O zoneamento garante o plantio em períodos diferenciados, como acontece no Paraná, e deve ser adotado por todos os produtores. O conselho é do pesquisador da área de transferência de tecnologia da Embrapa.

? Os diferentes períodos de plantio garantem não só acesso aos financiamentos, mas podem evitar estragos da geada, por exemplo, em fases importantes, como o espigamento. A pesquisa tem dado essas recomendações para que o produtor tenha maior segurança, especialmente em relação às intempéries ? garante o pesquisador Luís César Vieira Tavares.

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