A safra da laranja está começando em São Paulo, mas já apresenta problemas na comercialização. O preço oferecido pelas indústrias não cobre os custos de produção. Há dois anos a safra brasileira foi muito grande e as empresas abasteceram os estoques.
De lá para cá, pelo menos 480 milhões de pés foram arrancados. A maioria é de pequenos ou médios produtores, que possuíam até cem mil plantas. A baixa rentabilidade e a incidência de greening são os principais motivos.
Os números na redução das áreas plantadas seguem sentidos opostos. A queda no número de plantas só não foi maior por causa dos plantios em grandes propriedades.
Para produtores com até 15 mil plantas, a redução foi de 14%. Ou seja, mais de sete milhões de árvores. Já para quem possuía mais de 500 mil plantas, apresentou crescimento de área de 9%, o que representa mais de 3,5 milhões de plantas novas em 2012.
Os pomares estão dando lugar aos canaviais. A maioria dos produtores que desiste de plantar laranja está migrando para a cana-de-açúcar. A Câmara Setorial da Citricultura alerta para os impactos sociais, que são alarmantes e merecem atenção imediata.
Outro problema que os citricultores estão enfrentando é o atraso no repasse da Conab. Os leilões que foram realizados em dezembro e janeiro, e que teriam que ser pagos em fevereiro, tiveram os repasses dos recursos suspensos por suspeita de fraude em documentos fornecidos pelos produtores.