Segundo o estudo, apresentado na 19ª Reunião de Ministros do Meio Ambiente do Mercosul, no Rio de Janeiro, os produtos naturais primários, como madeira, minério e soja representam mais de 60% das exportações do Mercosul. No caso brasileiro, o percentual é de 47%. Já o Chile e o Uruguai têm mais de 80% de suas vendas externas oriundas de produtos primários da natureza.
Segundo a representante do Pnuma no Brasil, Cristina Montenegro, esta é a primeira avaliação que aponta as relações de comércio, integração e ambiente para orientar os países na garantia de um fluxo comercial sustentável.
? O estudo também tem um grupo de recomendações específicas, de como os países podem coordenar suas políticas para garantir um ciclo produtivo mais longo de comércio, e também toca a questão de integração ? acrescentou.
Para o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, o relatório é uma grande contribuição para ajudar a “ecologizar” o Mercosul. Ele ressaltou a necessidade de harmonização das legislações ambientais dos países do bloco e de sua atuação conjunta para garantir produção e consumo mais limpos.
? Não adianta os nossos carros [brasileiros] saírem em 2012 com motor S10, com dez partes de enxofre, cruzarmos a fronteira, e não haver esse combustível. Essas questões devem ser colocadas para nos prepararmos, afinal somos um grande mercado comum ? disse o ministro.
Os países do Mercosul englobam uma área de 12 milhões de quilômetros quadrados e têm mais de 250 milhões de habitantes. Segundo valores de 2004, o levantamento mostra que as exportações do bloco geram aproximadamente US$ 105 milhões.