Azevedo, 72 anos, professor titular aposentado pela USP, formou-se em engenharia agronômica pela Esalq, tendo concluído doutorado em genética na Universidade de Sheffield, na Inglaterra, e em agronomia, pela USP, e pós-doutorado pelas universidades de Manchester e Nottingham, também no Reino Unido.
Atualmente, é coordenador de microbiologia do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) e membro da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). Formou 95 mestres e 68 doutores, muitos dos quais com bolsas da FAPESP, tendo coordenado diversos projetos de pesquisa com apoio da Fundação.
Segundo a Esalq, entre suas contribuições científicas destaca-se o desenvolvimento de um processo para isolamento e purificação do fungo Guignardia citricarpa e do kit de diagnóstico para detecção de fungo patogênico e endofítico de cítricos. Entre as distinções que recebeu destacam-se a Ordem Nacional do Mérito Científico e Tecnológico. É membro titular da Academia Brasileira de Ciências.
? Foi uma surpresa, estou muito satisfeito com a premiação e agradeço aos membros do júri que me escolheram e externo também minha felicidade com a indicação do Carlos Eduardo Cerri. Considero este fato muito importante para as pesquisas desenvolvidas na USP ? disse.
Cerri é professor do Departamento de Ciência do Solo da Esalq. Foi bolsista da FAPESP de Iniciação Científica, Mestrado e Doutorado. Recebe atualmente apoio da Fundação no âmbito do Programa Jovens Pesquisadores em Centros Emergentes.
Nascido em 1974, formou-se em engenharia agronômica pela Esalq, onde fez mestrado e doutorado. É professor do Departamento de Ciência do Solo da Esalq. Tem se dedicado ao estudo das mudanças climáticas globais, da dinâmica da matéria orgânica do solo sob o clima tropical, da variabilidade espacial de atributos do solo e da matemática aplicada à ciência do solo. Segundo Cerri, receber a homenagem significa uma valorização não somente da área de pesquisa em que atua, mas também para toda a equipe de professores, pesquisadores e alunos da Esalq envolvidos em estudos sobre o papel do solo e o meio ambiente.
? Fiquei muito surpreso em ser agraciado com esse prêmio, e ao mesmo tempo muito gratificado por ter sido indicado por um júri de alto valor, com representantes do meio acadêmico ? disse.
Para o Prêmio Bunge, antigo Prêmio Moinho Santista, não há inscrições e os concorrentes são indicados por um júri. Criado há 54 anos para incentivar a inovação em várias áreas do conhecimento, nesta edição o prêmio anunciou também dois ganhadores em Pintura: Regina Silveira, na categoria Vida e Obra, e Rodrigo Cunha, na categoria Juventude.
A premiação ocorrerá no dia 16 de setembro, na Sala São Paulo. Os vencedores da categoria Vida e Obra receberão R$ 100 mil cada um, além de diplomas e medalhas. Já na categoria Juventude cada um dos escolhidos receberá R$ 40 mil, além de diplomas e medalhas.
No dia 15, FAPESP e Fundação Bunge realizam o Seminário Internacional “Os Desafios da Agricultura Tropical”. O evento será realizado na sede da FAPESP, das 9h30 às 15h30. A Agência FAPESP divulgará em breve mais informações sobre o seminário.