Programa ABC já contratou mais de 14 mil financiamentos agrícolas sustentáveis

Plano faz parte da meta do governo de reduzir em mais de um terço as emissões de gases de efeito estufa no paísMais de 14 mil contratos da linha de crédito do Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) no Plano Agrícola e Pecuário foram firmados desde o Plano Agrícola e Pecuário 2010/2011, informou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

No total, foram emprestados R$ 4,46 bilhões para produtores adotarem tecnologias de recuperação de pastagens degradadas, integração lavoura-pecuária-floresta, plantio direto, florestas plantadas, entre outros. O Programa ABC foi lançado em julho de 2010.

De acordo com o ministério, na temporada 2010/2011 foram contratados R$ 418 milhões, enquanto, até abril deste ano, esse valor alcançou R$ 2,54 bilhões.

– Esse é um indicativo de que as tecnologias utilizadas para redução da emissão de gases do efeito estufa estão sendo cada vez mais empregadas no campo – disse o secretário de Desenvolvimento e Cooperativismo do Mapa, Caio Rocha.

Segundo o ministério, o programa de crédito tem sido difundido no país por intermédio dos Grupos Gestores Estaduais (GGEs) do Plano ABC, que já foi implantado nos 26 Estados e no Distrito Federal. O último a ser formado foi o GGE do Acre, no dia 22 de maio deste ano. Já foram capacitadas mais de 8,9 mil pessoas, sendo que 70% são profissionais das áreas técnicas.

De acordo com Caio Rocha, um grande esforço vem sendo realizado para divulgação e incentivo à adoção de uma agricultura mais sustentável, o que consequentemente acarretará na redução das emissões de CO2.

– Tendo por base a dinâmica do Plano ABC, que a cada ano safra observa o crescimento do número de projetos contratados, será possível cumprir o compromisso assumido pelo governo brasileiro na COP-15 – salientou.

Durante a Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-15), realizada em 2009, na cidade de Copenhagen, na Dinamarca, o governo brasileiro assumiu voluntariamente o compromisso de reduzir as suas emissões de gases de efeito estufa entre 36,1% e 38,9% até 2020.