Programa abre janelas para o empreendedorismo rural

Realizado desde 2005 em diversos municípios em Goiás, projeto já orientou e capacitou mais de duas mil pessoasEstudante do 1º período de Agronomia da Universidade Federal de Goiás (UFG), Juliana Gomes Tiago Borges, 19 anos, tem uma vontade crescente de aprender. Apesar de estar no início do curso de graduação, Juliana não quis esperar o avançar dos estudos para se dedicar ainda mais à profissão que exercerá. Desde agosto, mesma época do início da graduação, a estudante integra o Programa Empreendedor Rural (PER), tocado em parceria entre o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-GO) e o Sebrae em

Realizado desde 2005 em diversos municípios em Goiás, o Programa Empreendedor Rural já orientou e capacitou mais de duas mil pessoas. O objetivo principal é ensinar produtores rurais, estudantes e profissionais ligados ao setor do agronegócio a administrar uma empresa rural. Promovido em módulos, o programa orienta os participantes a diagnosticar problemas, planejar, estudar o mercado e elaborar projetos.Segundo o instrutor do programa, Hélio Antônio Silva Rodrigues, por meio das atividades realizadas os participantes podem vivenciar na prática situações do seu cotidiano e construir novos conhecimentos.

? É a oportunidade de abrir janelas para trilhar o caminho do empreendedorismo ? ressalta.

Na primeira semana de dezembro, 20 alunos do Programa Empreendedor Rural, que integram o projeto em Goiânia, Ipameri e Hidrolândia, visitaram o Centro de Apoio Técnico ao Produtor de Leite Piracanjuba, criado pelos Latícinios Bela Vista. O Centro funciona como uma fazenda-escola, onde produtores e profissionais rurais podem conhecer, sem custos, procedimentos e novidades tecnológicas que garantem a melhoria da qualidade do leite.

Localizado em uma propriedade rural de aproximadamente 45 hectares, em Bela Vista de Goiás, o Centro é dividido em três áreas: Unidade de Recria e Venda de Reprodutores, Unidade de Treinamento e Unidade Demonstrativa de Produção de Leite. As atividades desenvolvidas nas áreas operacionais são funcionais e demonstram ao produtor que a atividade leiteira é economicamente viável, sustentável e ambientalmente correta.

Para o advogado e produtor rural Gilmar Gratão, 53 anos, a visita técnica foi a oportunidade de acompanhar novas tecnologias que são aplicadas no dia a dia e que, introduzidas nas propriedades, podem fazer a diferença para o produtor rural.

? Estou em Goiás há seis meses, após morar por vários anos no Pará. O trabalho no campo é diferente nos dois Estados. Então, participar desse programa foi importante para conhecer melhor a realidade local ? destaca.

Gilmar informa que começou a colocar em prática o que aprendeu desde o primeiro dia de curso do PER.

? Promovi a mudança de ração que é oferecida aos animais da minha propriedade, além de outras alterações na fazenda. Com isso, já tive resultados. Antes, a produção de leite era de 70 litros. Agora, esse número saltou para 100 litros diários ? comemora.