– A cultura do algodoeiro na fase inicial tem o ataque forte de algumas pragas. Normalmente, é o pulgão, a mosca branca, a “spodoptera”, e agora também a helicoverpa, que também ataca todo o ciclo do algodoeiro – afirma Marcos Rodrigues Vieira, administrador da Fazenda Warpol.
As doses de remédios vêm até pelo ar. Uma série de produtos é utilizada para garantir a saúde da lavoura. Durante o ciclo do algodoeiro, são feitas várias aplicações. Em uma propriedade visitada pela reportagem, são cerca de 30, entre fungicidas, inseticidas e adubos foliares. O trabalho começa antes do plantio. Há cerca de 60 dias, foi realizada a primeira aplicação de herbicida, e o plantio ocorreu há 40 dias.
Depois da safra são necessários mais cuidados, entre eles o vazio sanitário e a retirada de qualquer material que possa atrair as pragas da cultura.
– Depois da fase da colheita, é feita a eliminação dos restos culturais. Então, para que não haja uma planta hospedeira para o bicudo, é feita a destruição. Ela tem que ser de forma eficiente para evitar que o bicudo venha a se reproduzir – afirma o técnico do programa fitossanitário Ricardo Harley.
Plantações de soja e de milho também são acompanhadas pelo programa.
– Em relação aos outros anos, a situação está bem mais tranquila, porque nossa equipe está monitorando e orientando todos os produtores a que façam os devidos controles de forma correta e eficiente – diz o coordenador do programa, Antônio Carlos Araújo.
Após cada visita, é feito um relatório sobre a situação da propriedade. As informações são divulgadas entre os produtores do oeste baiano. Assim, todos ficam sabendo como está a saúde das plantações de forma geral e quais são os principais problemas enfrentados pela região.
– A Bahia já foi grande produtora de algodão, que foi dizimada pelo bicudo. Hoje, retomamos com um programa forte. Acreditamos que a sustentabilidade será para sempre – acrescenta Araújo.