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Programa profissionaliza sucessão rural no RS

Empresas familiares rurais gaúchas se capacitam para perpetuar negóciosPlanejar a sucessão da administração de empresas familiares rurais é um dos principais desafios para os produtores que pretendem dar continuidade ao seu negócio. Por conta disso, oito famílias de empresários rurais da Campanha e Fronteira Oeste (RS) irão participar do Programa Sucessão e Profissionalização nos Negócios Familiares Rurais. O programa inédito aconteceu nessa semana na Regional do Sebrae Campanha e Fronteira Oeste, em Santana do Livramento (RS).

A capacitação faz parte do Programa Juntos para Competir, desenvolvido pelo Sebrae/RS, Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) e Senar. Em Santana do Livramento, o programa também conta com a participação do Sindicato Rural.

O Juntos para Competir busca organizar e aprimorar as cadeias produtivas do agronegócio no Rio Grande do Sul, como a bovinocultura de corte, a suinocultura, a ovinocaprinocultura, a fruticultura, a floricultura, a vitivinicultura, a apicultura e a cultura da cana-de-açúcar e seus derivados.

De acordo com a técnica da área de Pesquisa e Conhecimento do Sebrae/RS, Maria Eni Fraga, uma das responsáveis pelo desenvolvimento do Programa, a capacitação foi desenvolvida para atender às solicitações de produtores rurais, preocupados com a perpetuidade dos negócios familiares no setor rural.

? A idéia é profissionalizar e preparar os sucessores para evitar desgastes e prejuízos nas relações familiares, contribuindo para o sucesso dessas empresas ? explica. Segundo Maria, a capacitação é focada na continuidade do empreendimento rural que, se bem administrado, gera renda, empregos e movimenta economia local.

Índice de sobrevivência
? Alguns herdeiros acreditam na falsa idéia de que a venda da sua parte da propriedade lhe garante o sustento para o resto da vida ? conta o consultor do Juntos para Competir, Bem-Hur Risso Xavier, responsável pelas consultorias individuais prestadas no programa.

Segundo o consultor, a opção de vender a propriedade a um desconhecido é mais complicada tanto para os herdeiros, que terão que partilhar terrenos, muitas vezes com áreas improdutivas, como para os compradores, que irão iniciar uma atividade do zero, sem o nível de conhecimento do produtor sucedido que trabalhou anos no local.

? Além disso, existem custos significativos para fazer esta partilha que devem ser considerados ? recomenda.

Conforme Bem-Hur, uma sucessão mal feita diminui o índice de sobrevivência de empresas rurais.

? A sucessão ainda é um paradigma, visto que a segunda geração que administrará o empreendimento provavelmente enfrentará crises de autoridade, terá dúvidas sobre quem vai administrar o negócio e terá que, mesmo assim, conviver com os sócios ? avalia Xavier. Ele explica que esse é um processo de mudança do foco da gestão, em que normalmente, passa de um modelo centralizador para um modelo participativo, envolvendo os sócios membros da família.

As dificuldades enfrentadas com a transição da administração dos negócios da família foi um dos principais motivos para o pecuarista Luiz Felipe Schultz incentivar a realização da capacitação na sua cidade e participar da sua primeira edição.

? A minha esposa e cunhada herdaram da mãe parte da propriedade da família e, assim como outros herdeiros, não estavam preparadas para assumir a gestão e pensaram em vender suas partes ? lembra.

O Programa sobre Profissionalização e Sucessão nos Negócios Familiares Rurais é composto por um curso com 16 horas em sala de aula e mais 12 horas de consultoria para cada empresa participante. Os temas abordados tratam de negócios familiares e modelos societários, prestação de contas, capacitação em gestão de negócios rurais, convivência em sociedades e planejamento tributário e patrimonial, para evitar problemas desnecessários como no processo sucessório empresarial.

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