Jank afirmou que a reunião desta quarta foi um primeiro contato com o novo ministro, e que traçou um panorama geral do setor e tratou principalmente de questões relacionadas à cana-de-açúcar. Ele disse que o governo realizará uma avaliação da receptividade dos produtores ao programa de incentivo, antes do lançamento das medidas de incentivo à área agrícola das indústrias.
O dirigente acredita que com o incentivo do governo será possível recuperar pelo menos 150 milhões de toneladas de cana nos próximos anos, com investimentos para renovação dos 25% dos canaviais existentes, além da expansão da área cultivada tanto nas indústrias antigas como nos greenfields (novas usinas).
Jank contesta que o setor tenha optado por produzir mais açúcar, por ser mais rentável, em detrimento da produção de álcool. Ele lembra que no início da década passada metade da cana era destinada à produção do etanol. A participação subiu para 60% em 2008 e agora está em torno de 55%.
? Houve quebra de safra de 15% nos últimos três anos, em função de problemas climáticos gravíssimos, o que explica a falta de álcool ? diz ele.
O dirigente afirmou que se nada for feito para rever o quadro atual, os carros flex, durante algum tempo, vão usar mais gasolina.
? Acredito que a recuperação dos canaviais vai acontecer nos próximos três anos, com os investimentos que serão feitos. Os problemas climáticos não vão durar para sempre ? ressalta.
Ele diz que o ponto mais importante a ser equacionado junto ao governo federal diz respeito às novas unidades de etanol hidratado.
? Isso tem que passar pelas conversas com o governo sobre a competitividade do etanol ? diz Jank.