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Programa vai estimular comércio de soja convencional

Estima-se que 35% dos cultivos do grão no Brasil são não transgênicosUma parceria entre a Embrapa e entidades ligadas aos agricultores quer incentivar o plantio de soja convencional e o aumento da produção de sementes. O programa, chamado de Soja Livre, será desenvolvido no Estado de Mato Grosso, maior produtor do país, e foi lançado nesta terça, dia 9, em Brasília.

A iniciativa pretende incentivar o cultivo e a comercialização de soja convencional no mercado, aproveitando que as variedades não transgênicas têm preços melhores no mercado, especialmente nas exportações.

O programa é uma ação da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja), Associação Brasileira de Produtores de Grãos não geneticamente Modificados (Abrange) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Pelo programa, a Embrapa vai ofertar para produtores de Mato Grosso 17 variedades de soja não transgênica.

O programa usará plantações experimentais para apresentar mais opções ao sojicultor. São 18 áreas demonstrativas com a plantação de soja tradicional. As sementes também foram distribuídas para produtores rurais que farão o cultivo em diferentes regiões do estado. As áreas serão abertas para a visitação a partir de janeiro.

Estima-se que 35% dos cultivos de soja no Brasil são não transgênicos. A produção nacional este ano foi de 68,7 milhões de toneladas, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

? Se há esse mercado, de não transgênicos, temos que atendê-lo ? diz Ivan Paghi, diretor-técnico da Abrange, lembrando que na Europa há forte procura por produtos convencionais e que o Brasil é o único país que pode atender essa demanda.

? Nós temos um leque de oportunidades onde o produtor pode escolher qual a melhor facilidade para ele, a identidade do material que dará maior vantagem para ele lá na propriedade rural ? afirma o coordenador do Programa Soja Livre, Clóvis Albuquerque.

O presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja), Glauber Silveira da Silva, disse que o grande o diferencial para incentivar o cultivo de soja não transgênica é o valor adicional pago ao produtor, atualmente em torno de R$ 2,00 por saca. Segundo ele, a saca da soja transgênica está sendo vendida agora por uma média de R$ 35,00 e da soja convencional a R$ 37,00. Isso significa uma diferença de aproximadamente 7%. Antes da crise econômica mundial, no entanto, a diferença chegou a R$ 3,00 por saca, admitiu Glauber Silva, logo após lançamento do Programa Soja Livre, que incentiva o cultivo e a comercialização de soja convencional no estado de Mato Grosso.

Glauber Silva disse que há espaço para as duas modalidades de soja, mas havendo estruturas eficazes para a segregação dos dois tipos. Para a safra 2010/2011, por exemplo, há uma estimativa de produção de 18,82 milhões de toneladas de soja em Mato Grosso. Desse total, parcela 11,29 milhões de toneladas será de soja transgênica, 4,71 milhões de toneladas serão de soja tradicional e 2,82 milhões da variedade convencional, mas não segregada, ou seja, esta última acaba sendo misturada à transgênica e perde valor.

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