Programas de desenvolvimento no meio rural melhoram a vida de assentados no Amazonas

Com espírito empreendedor, assentada fatura R$ 50 mil anualmente no Amazonas? Se Deus criou um assentamento de reforma agrária melhor do que este, ficou pra ele ? declara satisfeita a agricultora Edna Pereira Ramos, presidente da comunidade do Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Nova Esperança, no município de Iranduba (AM), à superintendente do Incra no Amazonas, Maria do Socorro Marques Feitosa, que recentemente visitou o local.

O município fica cerca de 1,7 mil quilômetros distante de Manaus. Edna, mulher disposta, pode ser vista como empreendedora da roça, em razão da sua dedicação ao trabalho, inteligência e vontade de melhorar sua qualidade de vida.

Produzindo uma diversidade de frutas, verduras e legumes ? como melão, pepino, cebolinha, cheiro-verde, berinjela, maxixe, jerimum, pimenta-de-cheiro, macaxeira, goiaba, côco, biriba, noni, maracujá, além da criação de peixes ? a agricultora transformou em pouco tempo a condição de vida de sua família.

Sempre de bem com a vida, com um casal de filhos estudando na capital, ela se alegra ao receber visitantes em sua casa, que hoje é ponto de referência no pequeno assentamento de 32 famílias. Segundo ela, a comunidade se transformou em uma grande família, onde a união e a solidariedade predominam.

Edna revelou à superintendente Socorro Feitosa e aos demais visitantes de sua propriedade que consegue ter um faturamento bruto de R$ 50 mil por ano. Tal desempenho lhe permite renda livre de cerca de R$ 3 mil mensais. Exemplo do que tem acontecido com boa parte dos assentados no Amazonas.

Na pesquisa sobre qualidade de vida, produção e renda realizada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, por meio do Incra, nas áreas de reforma agrária, mais de 54% disseram que a renda está melhor ou muito melhor do que antes de serem assentados.

? Estou muito satisfeita e feliz com a oportunidade que o pessoal do Incra me proporcionou, nada tenho a reclamar ? agradeceu a assentada ao se referir aos programas de acesso a crédito, moradia e investimentos em infra-estrutura que chegaram até o assentamento.

Quase 60% dos assentados já tiveram acesso ao crédito Fomento, que destina R$ 3,2 mil por família para aquisição de equipamentos de produção agrícola. Outros 47% também já acessaram o crédito que permite a construção de moradias ? a maioria com mais de cinco cômodos.
 
No final da conversa com a superintendente do Incra no Amazonas, a empreendedora revelou sua última grande façanha. Comprou uma camionete para dar suporte à distribuição de seus produtos nas feiras do Cacau-Pirera, em Iranduba, e Manaus-Moderna, na capital.

? Agora não pago mais frete para levar a minha produção, tenho o meu próprio transporte. Comprei o carro parcelado em 60 meses e estou pagando com tranquilidade ? comemora a assentada.